Revolução tecnológica: transformação das cidades e o impactos na gestão pública

Categoria: Gestão Pública | 07.06.2019 | 1 comentário



O poder público tem papel fundamental no desenvolvimento das smart cities

O smart, inteligente em inglês, tomou conta de toda nossa sociedade, vieram os smartphones, softwares inteligentes, inteligência artificial, cidades inteligentes… Uma total revolução no modo como consumimos informação, como compramos, nos locomovemos; onde empresas mudaram sua forma de gerir os negócios e forçam funcionários a se adaptar a novos e mais eficientes processos.

Toda essa transformação não poderia passar e deixar ileso o local onde vivemos. As estruturas das cidades tem se desenvolvido para acompanhar tanto o crescimento em população, quanto o aumento das necessidades tecnológicas que deixam a vida das pessoas mais prática.

Dentro desse contexto vemos o surgimento das cidades inteligentes, ou Smart Cities, compostas por iniciativas com foco no desenvolvimento econômico, para que os cidadãos possam gastam menos tempo para resolver demandas de mobilidade urbana e burocracias estatais, por exemplo.

A cidades inteligentes tornam a administração pública mais atenta às demandas sociais, já que toda essa melhoria nos serviços leva em consideração os aspectos ligados ao meio ambiente e à governabilidade.

Smart cities e a administração pública

“A tecnologia na atualidade, sem dúvidas, é indispensável em qualquer setor do serviço público. Cada vez mais ele deve  se aparelhar para responder a altura do avanço da própria sociedade”, a fala do professor e especialista em Desenvolvimento Local, Educação e Filosofia, Heitor Romero, ilustra bem o qual o papel do poder público no desenvolvimento das cidades inteligentes.

Com a estimativa de crescimento da população em mais 6 bilhões de pessoas até 2050, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a administração pública deve procurar por soluções criativas e tecnológicas que utilizem os recursos financeiros de forma racional.

De acordo com Heitor, nesse sentido o poder público deve agir em duas frentes, na primeira sendo um solucionador de emergências, dado a cenários de extrema pobreza que necessitam de soluções rápidas. E a segunda é ser um planejador estratégico, se antepor a problemas que ocasionalmente surjam com o passar do tempo.

Impacto das cidades inteligentes na gestão pública

O avanço tecnológico força o setor público a inovar, tentar fazer com que a administração seja mais ágil e dinâmica. “As pesquisas em desenvolvimento da tecnologia andam sempre à frente para dar suporte ao poder público. E é claro que ele deve sempre buscar essas soluções para garantir o acesso a mobilidade urbana, qualidade de vida, por exemplo”, comenta Heitor Romero.

Iniciativas de órgãos públicos como a criação de aplicativos que agendam consultas médicas e permitem a aquisição de medicamentos, são o começo de uma grande onda de serviços digitais que evitam o deslocamento até repartições públicas.

Exemplos de smart cities

“Barcelona, por ocasião das Olimpíadas,  fizeram um sistema de coleta de lixo em que não mais usam caminhões na rua. As pessoas depositam o lixo dentro de tubulações nas calçadas, essas tubulações vão para a estação de tratamento bem fora da cidade e lá é feita uma seleção onde é separado o material reciclado do não reciclado. Transformam parte desses resíduos em energia que tocam o próprio sistema e ainda sobra energia para outras coisas.

No Brasil também temos cidades inteligentes, como Bonito aqui no Mato Grosso do Sul, é um tipo de inteligência em que não existe nenhuma fossa séptica, em que todo o esgoto é tratado, isso é pode ser considerado um tipo de inteligência”, observa Heitor.
O professor conclui dizendo que não se pode imaginar esse tipo de realidade se não houver iniciativas do poder público, “Depende muito da gestão pública implementar determinadas iniciativas com o aporte nas comunidades, lideranças locais que façam emergir iniciativas que terminem beneficiando toda a população, isso serve de atrativo ao pólo turístico da cidade e de atrativo para negócios”, finaliza.



Uma Comentário

  1. HEITOR ROMERO MARQUES disse:

    Revolução tecnológica: transformação das cidades e o impactos na gestão pública, matéria feita pela Jacqueline reflete, em última instância a necessidade de termos muito cuidado com a ideia de sustentabilidade, qual seja, o que pode existir no amanhã para garantir a sobrevivência das gerações futuras. Na verdade podemos pensar para 2050 uma população mundial passando dos 8 bilhões e isso é preocupante, pois demanda pensar na qualidade de vida dessas pessoas. Parabéns Jacqueline pela matéria. .

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