Meu primeiro imóvel: devo alugar ou comprar um imóvel?



A história é conhecida: vocês se conheceram, namoraram, casaram e engravidaram. Pode mudar a ordem, ou ainda os termos, mas um dos caminhos naturais é sair da casa dos pais. Nesta hora, o casal está procurando alternativas que atendam às suas expectativas de moradia, se preocupando em manter a qualidade de vida oferecida pelos pais, porém há um sério fator limitante: o bolso!!

A mesma história se aplica aos solteiros, claro, mas escolhi o casal para ilustrar o texto, e enriquecer os exemplos! Neste caso, o casal do exemplo está procurando casas para alugar em Campo Grande MS.

Na hora da escolha, um dos pontos que deixa qualquer um dividido é:

“Alugar ou comprar? Qual a melhor opção?”

A resposta não é fácil, principalmente por depender de vários fatores, alguns que dizem respeito à capacidade financeira do casal, e vão até a conjuntura econômica do país.

Calma, não é tão complicado assim, e por isso vamos falar de cada um dos fatores:

a) Conjuntura Econômica: a situação ou momento da economia do país, podem influenciar a decisão. Considerando que o artigo foi inscrito em Junho de 2016, a perspectiva da economia para os próximos anos não é muito boa. No mercado imobiliário, os preços para compra já começaram a recuar, e a perspectiva no curto prazo não é de melhora.

Isto pode significar que aquele imóvel que anteriormente estava muito caro, passou a ficar acessível para você. Ao mesmo tempo, demonstra que é uma hora boa de comprar, caso exista disponibilidade de capital, para que você ganhe com a valorização no longo prazo (mas esteja disposto a perder valor no curto prazo).

b) Programas de Apoio do Governo: seja o programa “Minha Casa, Minha Vida” do Governo do PT, ou ainda outras facilidades obtidas através da Caixa Econômica Federal, vale a pena conhecer os subsídios para os valores de entrada, e também as taxas de juros cobradas. Na maior parte dos casos, vai fazer grande diferença sua disponibilidade de capital para pagamento de uma entrada, com a grande vantagem de um incentivo (em alguns casos chegava até a R$18.000 bancados pelo Governo Federal).

Mas não podemos esquecer que esta opção incorre em pagamentos de juro ao longo de muitos anos, normalmente mais de 10.

Além disso, é importante lembrar que existem perfis socioeconômicos nestes programas, e que só são aceitos imóveis dentro de uma faixa máxima de valor, sendo normalmente ofertada para imóveis de padrão mais baixo.

c) Financiamento Imobiliário: os bancos comerciais, além da CEF, também apresentam opções de financiamento com condições de subsídios inexistentes, e com taxas de juro mais altas, mas ao mesmo tempo oferecendo acesso à valores financiados mais expressivos, e também o acesso à utilização para imóveis de valor mais alto.

d) Capacidade Financeira do Casal: também não adianta vislumbrar a compra de imóveis, mesmo com programas de Apoio do Governo, se o casal não tiver uma capacidade de investimento para tal.

No Brasil, é difícil que a classe média e baixa tenham o capital disponível para comprar o imóvel de uma só vez, principalmente nesta fase inicial da vida, e por isso existem as opções de financiamento. Porém, mesmo que o casal tenha a capacidade de comprar através do financiamento, nem sempre isso significa que é a melhor escolha.

Ok? Mas e se o casal quiser buscar opções de Aluguel em Campo Grande?

O aluguel é uma alternativa que permite atender de imediato, àqueles que não possuem uma grande (ou alguma) reserva de capital, mas precisam morar. Por apenas um pequeno percentual (normalmente entre 0,3% e 0,8% do valor do imóvel pagos todo mês, você pode usufruir do imóvel.

Mas nem tudo são flores, no aluguel o imóvel não é seu, você não pode fazer alterações estruturais sem autorização do proprietário (e se fizer ficam para o imóvel, e não para você), o contrato tem prazo para encerrar, sem obrigatoriedade de renovar contigo ao final do período, além, é claro, de um dinheiro que você paga todo mês (como um serviço), mas não sente que ele está “ficando” para você, como um patrimônio.

No final das contas, mesmo com todas as informações repassadas, continuamos com a mesma pergunta do início do texto:

“Alugar ou comprar? Qual a melhor opção?”

Como espero que tenha ficado claro aqui, não existe uma resposta única, pois depende de cada situação.

Neste caso, se for optar pelo aluguel, você deve considerar:

– É uma excelente opção para quem quer mobilidade, e não sabe ao certo se quer se firmar no bairro ou até cidade específicos
– É uma opção também para você poder guardar qualquer dinheiro que tenha, e as vezes usar parte do rendimento deste dinheiro para bancar o aluguel
– Não fazer grandes reformas ou mudanças, então tente encontrar um imóvel já mais próximo do que você gostaria, para que não desperdice investimentos
– Utilize os sites de imobiliárias e os classificados de imóveis para encontrar opções, e poder fazer uma boa escolha

Já se está optando pelo financiamento, considere:

– Tenha certeza que quer ficar pelo menos 5-10 anos neste imóvel, já que qualquer manobra de compra e venda, ou até trocar para o aluguel, vai ter altos custos de transação (taxas, impostos, corretagem, etc…)
– Procure financiamentos da Caixa Econômica Federal primeiro, principalmente se tiver subsídios (o que está mais difícil atualmente – 2016 – por conta da situação econômica do país), e juros baixos
– Cuidado ao fazer as contas do que vai pagar de juros, não utilize apenas a simulação oferecida pelo site do banco ou do gerente
– Faça esforço para dar uma boa entrada, e se puder, ao longo do financiamento, tente antecipar as parcelas, pois tudo isso diminui muito o montante de juros que você pagará ao final

É isso! Deixo aqui as informações para que você tome uma decisão informada!



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